domingo, 25 de julho de 2010

Ainda ouço as canções que você fez pra mim


Hoje andando pelas calçadas do meu pensamento, me deparei com você. Senti um forte aperto no peito. Sei lá, acho que as emoções sempre são assim: inesperadas, fortes e explosivas. Mas você ainda mantinha o mesmo semblante da ultima canção. O mesmo sorriso bobo que adorava. O mesmo olhar pidão. A mesma gargalhada. As ruas das memórias foram abertas e erguiam-se nelas, prédios das lembranças guardadas nas estações de nossos corações. E nos alto-falantes das ruas, as canções que outrora fizemos, tocavam. “Olha vem comigo a onde for”, você disse sorrindo. Sorri. E caminhamos, rimos e nos olhávamos como se tudo não houvesse importância. Mas havia, né? E cada rua atravessada, uma nova canção, aquelas feitas, tocavam. Foi bonito. Um bonito encontro. Mas, pensamento é pensamento e assim como chega, vai. Rápido e sem despedidas. Sem um “tchau”, “olá”, “até mais”. Simplesmente se vai. E com ele os sorrisos, os olhares, as ruas, as cores e as canções. E volto ao meu caminho assobiando uma canção.

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