segunda-feira, 27 de julho de 2009 3 comentários

Regressar é reunir dois laços



Assim como começa a canção, começo meu relato. Dezesseis anos! Esse foi tempo que levei pra reunir os dois lados: o do adulto workaholic, sem tempo com o da infância há muito passada e sempre presente. Um turbilhão de lembranças boas invadiu meus pensamentos. Muita coisa vivida. E assim como era esperado: tudo mudado. Tudo. Ou quase tudo. Pessoas que não me reconheceram pessoas que jamais esqueceram. Sorrisos, lágrimas, mas de alegria. Perguntas sobre o como estava e o que fazia. Elogios quanto a minha beleza, hehehe! Tudo muito novo. Mas, o mais estranho e legal é que ao mesmo tempo em que tudo era tão “novo” pra mim, tudo parecia comum. Como se nunca tivesse deixado de estar lá. Muito bom. Minhas férias terminaram com promessas de novos começos.


segunda-feira, 20 de julho de 2009 2 comentários

Dia do Amigo!

Hoje é dia do amigo. Um dia em que as pessoas saem distribuindo mensagens umas às outras. Felicitando-as pelo dia. Acredito que as regozijações e homenagens aos nossos amigos, digo amigos de verdade, têm que ser constantes. Diárias, naturais. Sem as obrigações das datas. Mas me surpreendo sempre. E de uma maneira boa, claro. Mandei sim, minhas mensagens àquelas pessoas as quais realmente tenho um afeto. Aos que considero meus companheiros de luta, de estrada. Suporte para as feridas da vida, das quedas, dos choros de tristezas e decepções. Cúmplices para as lágrimas de alegria. Para o amor. Para os sucessos. Para as risadas que não são poucas. Anjos que nos apontam a saída quando tudo tá escuro. Que nos levantam e enxungam nosso rosto quando caímos. Que nos puxa as orelhas quando estamos errados. Que morremos de raiva, mas que não conseguimos ficar longe. Pessoas que temo um amor tão forte e gratuito que somos capazes de derrubar um elefante por elas. Que sabemos o que sentem só pelo o olhar. Amigo que simplesmente nos olha e diz: não se preocupe! Eu estou aqui. Me emociono com meus amigos. Irmãos que eu escolhi para estarem do meu lado. Obrigado Senhor Deus pelos anjos e irmãos que me deste. Parafraseando o poeta: "Eu poderia suportar embora não sem dor, que morressem todos os meus amores. Mas morreria se perdesse todos os meus amigos."
Deixo abaixo uma homenagem a esses seres. Um texto de Vinícios de Morais.
AMO TODOS VOCÊS A QUEM DEDICO MINHA AMIZADE!

"Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles. A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade. E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências ... A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.
Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles.Eles não iriam acreditar. Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos. Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure. E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida. Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo! Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles. E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo. Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles. Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer ... Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!"

quinta-feira, 16 de julho de 2009 0 comentários

Quem já não o fez?

Um texto muito legal da Clarice Lispector. Acho que todo mundo já fez pelo menos uma dessas situações. Li e por alguma razão me identifiquei. Resolvi colocar aqui.

"Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos. Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos. Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem. Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram. Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir. Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi. Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto. Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir. Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam. Já tive crises de riso quando não podia. Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva. Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse. Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros. Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros. Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz. Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava. Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais. Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria. Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava. Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda. Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim. Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre. Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente! Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos. Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer: - E daí? EU ADORO VOAR!"
Clarice Lispector
sexta-feira, 10 de julho de 2009 1 comentários

Mais uma vez assim.

Falando Serio

Roberto Carlos

Composição: Mauricio Duboc - Carlos Colla

Falando sério
É bem melhor você parar com essas coisas
De olhar p'ra mim com olhos de promessas
Depois sorrir como quem nada quer

Você não sabe
Mas é que eu tenho cicatrizes que a vida fez
E tenho medo de fazer planos
De tentar e sofrer outra vez

Falando sério
Eu não queria ter você por um programa
E apenas ser mais uma em sua cama
Por uma noite apenas e nada mais

Falando sério
Entre nós dois tinha que haver mais sentimento
Não quero seu amor por um momento
E ter a vida inteira p'ra me arrepender
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Reencontros (Ô saudade véia boa)

Sabe o que é bom dos reencontros? É a alegria das novidades. Sim. Das novidades. Nesses dias os reencontros aconteceram de forma peculiar. Apesar da situação triste, os reencontros foram alegres. Tenho certeeeeza que de lá de cima, Clau estava super feliz pelo reencontro, pela reaproximação. Há mais ou menos cinco anos não via algumas pessoinhas bem especiais pra mim. Dizem que as coisas mudam, não é? Concordo. Mas fiquei imensamente feliz em saber que certas coisas nunca mudam. Ver minha amigas da faculdade foi de uma alegria tão grande. Ver que aquela intimidade não desapareceu. Foi como se tivéssemos acabado de sair da aula. Me deixou muito satisfeito. A vida é oito, como diz uma grande amiga. E acredito nisso. É nos reencontros que nos encontramos. Matamos a saudade do que foi bom. Afinal, só sentimos saudades do que foi bom. Dói. Mas a dor é de alegria, felicidade. Foram os tempos mais legais que tive. Que os laços nunca se dissipem.
SENTADAS: Gracilene, Cláudia Barbie, Claudina (in memorian), Lidiane, Sheila e Siglinda.
EM PÉ: Dirce, Elisângela, Aislany, Paulo Kian, Daynnilene DuRock, Eu, Paula, Flávia e Janaína.
terça-feira, 7 de julho de 2009 2 comentários

Voa por entre essas nuvens macias...

Uma vez vi num filme que os amigos que lhe acompanharão sua vida inteira você adquire na faculdade. Isso em parte, aliás, em uma boa parte é verdade. Se não se tornam os amigos pra vida inteira, com certeza, serão guardados e lembrados num cantinho bem especial no nosso coração. Esses dias, vinha a me perguntar por onde andava meus queridos, aliás, minhas queridas colegas de faculdade. Graças ao Orkut, conseguimos ter notícias de pessoas que há muito não vemos. E hoje diante de tantas novidades, soube de uma que me deixou bastante triste: uma de nossas teve sua luz apagada aqui na terra. E comecei a me lembrar do seu jeito. Do modo como tratava e se referia as pessoas. Da maneira pueril de olhar e sorrir. Os olhos azuis de tão acesos, pareciam duas pedras que de tão preciosas, quase saltavam. Mas, eles não brilhavam. E eu nunca entendia direito. Sempre a olhava, achando que devia ter algo a esconder ou coisa do tipo. Enfim. Meu coração está triste hoje! Mas também devo alegrar-me. Sua missão fora cumprida. Agora, sim, ela pode voar e deslizar no ar dos céus como um anjo, um pássaro. Uma borboleta. Voa por entre essas nuvens macias.

Em sua homenagem querida amiguinha, deixo minha singela lembrança






 
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